Publicado em 27 de junho de 2024 às 09:44
Andreas Pereira cresceu na Bélgica e sempre foi cobiçado para defender a Seleção do seu país de nascimento. Filhos de pais brasileiros, ele optou pelo caminho mais difícil. Queria vestir a mítica Amarelinha. Em 2018, Andreas realizou o sonho ao ser convocado por Tite para enfrentar El Salvador e quebrou um tabu de quase 76 anos. O último atleta da Seleção nascido no exterior a vestir a camisa do Brasil foi o argentino Adolpho Milman em 1942.
Com a chegada de Dorival Júnior, Andreas voltou à Seleção. Ele participou dos amistosos em março na Europa e foi convocado para disputar a Copa América. Neste período, ele já escreveu seu nome na história centenária da Amarelinha. No dia 12 de junho, o volante do Fulham foi o autor do gol do empate contra os Estados Unidos, em Orlando. Com o tento, Andreas é o primeiro estrangeiro a fazer um gol pela Seleção. Na comemoração, o jogador revelou todo o seu amor. O primeiro gesto foi beijar o símbolo da CBF.
“Sempre fui brasileiro, meu coração é brasileiro, meu maior sonho era jogar na seleção brasileira. Estou vivendo esse sonho hoje, estou muito feliz de estar aqui e representar não só minha família, mas o Brasil inteiro”, disse Andreas Pereira.
Nesta sexta-feira, 28, a Seleção enfrenta o Paraguai, em Las Vegas, pela segunda rodada da Copa América. O jogo será transmitido por várias plataformas do Grupo Globo a partir das 22h (horário de Brasília). O volante está à disposição de Dorival Júnior. Na segunda, 24, o Brasil empatou com a Costa Rica, por 0 a 0, na estreia na competição.
“Nasci na Bélgica de pais brasileiros, tem muita gente que acha que minha mãe é belga, mas meus pais são brasileiros, a família inteira é brasileira. Eu nasci lá porque meu pai jogava bola na Bélgica. Então, eu cresci lá, mas sempre com uma conexão muito forte com o Brasil, com minha família. Todo ano viajava com a minha mãe nas férias para o Brasil, visitar a família”, contou o jogador, que tem família em Londrina, no Paraná.
“Sempre tive essa conexão muito forte com o Brasil e me senti sempre um estrangeiro fora do Brasil. Sempre na Bélgica fui tratado como estrangeiro também. Então, com certeza, quando apareceu essa oportunidade de defender o Brasil, era meu maior sonho estar aqui, estou vivendo o sonho”, completou o jogador, que defendeu o Flamengo em 2011 e 2012, quando foi comandado por Dorival Júnior.